Dom Célio avalia a 52ª Assembleia dos Bispos do Brasil

52_Geral_do_Bispos

Terminou na última sexta-feira, 9, em Aparecida (SP), a 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, promovida anualmente pela CNBB. Entre as dezenas de bispos de todo o país, estava Dom Célio de Oliveira Goulart, representante da Diocese de São João del-Rei (MG). Para falar um pouco sobre os principais destaques, novidades e temas abordados, durante os dez dias de programação na terra da padroeira do Brasil, o site da Diocese conversou com Dom Célio. Acompanhe agora nesta entrevista especial.

Dom Célio, como o senhor se sentiu representando, mais uma vez, o rosto da nossa Diocese neste grande encontro anual de bispos, realizado em Aparecida (SP), e quais foram as principais novidades na organização e programação deste ano?

A Assembleia Geral da CNBB realizada anualmente durante a segunda e terceira semana do Tempo Pascal, é momento de graça de Deus para nós bispos da Igreja do Brasil. É sempre1926698_668521346517834_7653398873517958030_n tempo de estudar documentos importantes para nós como bispos, como também tempo de vivência da experiência colegial do episcopado brasileiro e tempo de troca de experiências entre nós. Por isso, como bispo diocesano, tenho a responsabilidade de representar nossa Diocese e levar nossa contribuição fraterna. Com relação à organização, posso dizer que não houve muitas novidades, por ser a Assembleia elaborada e dinamizada dentro de princípios estatutários da CNBB. Como evento maior, tivemos a Celebração Eucarística especial do domingo, dia 04 de maio, com atenção especial a São José de Anchieta. Também mereceu destaque a noite da entrega dos Prêmios da Comunicação pela CNBB aos destaques nos meios de comunicação. Na programação de estudos, mereceu maior atenção o tema central: A Paróquia, Comunidade de Comunidades. Por uma conversão pastoral. Evidentemente que os temas prioritários são também relevantes, como o Documento de estudos sobre os Leigos, o Documento da Questão Agrária e outros mais. Destaco a presença do Arcebispo D. Bruno Forte, um dos maiores pensadores católicos da atualidade, que orientou nossos momentos de espiritualidade. Também foi importante neste ano, um tempo maior dedicado às reuniões reservadas a nós bispos, seja no grande grupo, como também para o nosso Regional Leste II.  

Ao lado das dezenas de bispos de todo o Brasil, o senhor também participou da intensa programação formativa, informativa e espiritual, oferecida pela CNBB. Quais assuntos mereceram maior destaque nestes dez dias de assembleia? Temas como Papado do Papa Francisco, Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo ou Ano Eleitoral foram abordados?

10299096_669789289724373_5530143152732055183_nDe fato a referência do Papa Francisco vem norteando nossos trabalhos de Igreja em todo o mundo. Na Assembleia tivemos uma visão do teólogo jesuíta, Pe. Mário França Miranda, que fez uma abordagem da riqueza de orientação pastoral da exortação apostólica Evangelii Gaudium, apontando questões muito concretas para nosso trabalho de evangelização. Mereceu destaque o estudo Projeto Brasil: preparando as eleições, conduzido por D. Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte e que nos dá meios de como trabalhar na diocese no processo da conscientização política neste ano eleitoral. Com a fala do Cardeal D. Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, e de D. Eduardo Pinheiro da Silva, bispo auxiliar de Campo Grande e responsável pela Comissão Episcopal para a Juventude, retomamos pontos marcantes para a Igreja do Brasil e nossa juventude a partir da Jornada Mundial da Juventude. O momento é muito oportuno para dinamizarmos na diocese o Setor de Juventude e outras atividades relacionadas aos nossos jovens. E, com certeza, tivemos a preocupação de fazer, através da Análise de Conjuntura, um estudo do momento atual que vivemos com relação à preparação para a Copa do Mundo, para que seja um tempo de paz e de boa acolhida àqueles que virão ao nosso país para apreciar o esporte. 

De que forma os conhecimentos, as experiências e as decisões tomadas nesta 52ª Assembleia Geral dos Bispos devem refletir na caminhada da Diocese de São João del-Rei, sobretudo no que se refere aos trabalhos com a Família, Juventude e Formação de Leigos, prioridades da última Assembleia Diocesana de Pastoral?

Tendo diante de nós os textos de estudos dos documentos aprovados sobre a Paróquia, os Leigos, a questão agrária e o Projeto Brasil: preparando as Eleições, vejo que se abrem muitas possibilidades de abordar questões nos diversos momentos de reuniões e encontros em nível diocesano. Não podemos tirar o foco daquilo que está sendo encaminhado pela Coordenação Pastoral com relação à Família, à Juventude e ao Laicato, mas aproveitar pistas e sugestões que esses documentos apontam.

10298824_10202321910588786_4908569687753307880_nDom Célio, ao conversar com outros bispos do país e de certa forma, compararem e compartilharem experiências pastorais de evangelização, como o senhor vê ou avalia a caminhada da Diocese de São João del-Rei no cenário do Regional Leste 2 (MG e ES) e até do país?

Nosso momento de realidade diocesana é muito gratificante. Vemos que a preparação e a realização da Assembleia Diocesana de Pastoral em novembro passado despertaram um novo ânimo para todos nós. Há um esforço de caminharmos de acordo com aquilo que sejam nossas realidades próprias e de que, iluminados pelos documentos da Igreja – do Papa, da CNBB, do CELAM, respondamos às nossas responsabilidades de cristãos conscientes e comprometidos com o anúncio de Jesus Cristo. Como bispo junto aos demais bispos do Regional Leste II, sinto que meus irmãos têm igualmente suas alegrias e avanços nos projetos pastorais de suas igrejas particulares. Também partilhamos nossos desafios, porque nem sempre correspondemos ainda àquilo que é o exemplo do próprio Jesus ao nos deixar a missão de sermos seus continuadores. Temos ainda muito que crescer como Igreja servidora, Igreja atenta aos mais pobres e excluídos. Uma Igreja que se compromete com a vida em todos os sentidos. 

Sabemos que um grande encontro como este é sempre muito rico em propostas, reflexões e decisões que direcionam a Igreja Católica no Brasil, a partir também das orientações que chegam do Vaticano, através do Papa Francisco. Após esta 52ª Assembleia Geral dos Bispos, qual recado ou mensagem final o senhor pode deixar para todos da Diocese de São João del-Rei?

Vamos em frente! E vamos com esperança! Se não aproveitarmos este momento especial que vivemos, perderemos o Kairós do momento, isto é o momento da graça! Sei que minha missão é de animar a todos: padres, religiosos e leigos para o compromisso do anúncio alegre do Evangelho. Por isso, a minha mensagem é de dizer a todos e a cada um que se diz membro de nossa Igreja Particular de São João del-Rei: seja coerente com seu batismo. Viva sua fé! Não tenha medo de seguir Jesus Cristo! O bom testemunho de cada um ajudará os outros a viverem o compromisso de cristãos e cristãs, nas paróquias, nas famílias, na sociedade. Que a força do Senhor Ressuscitado nos sustente em nossa caminhada.

MOMENTOS DE ESPIRITUALIDADE E FORMAÇÃO 

10308248_669798133056822_97314641588943194_n10338252_696704767061191_2713895837978618954_ndw_dwilson110314738_669419946427974_2645427221454402481_n

Fotos - Assessoria de Comunicação da CNBB

 

 

Logo_Dedicom_-_oficial

ENTREVISTA ESPECIAL CONCEDIDA AO SITE DA DIOCESE DE SÃO JOÃO DEL-REI

 

Reproduzido do site da diocese: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br